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26 de março de 2025

Resenha: Março Maldito (São Paulo/SP - 21/3/2025)

Por: Natália Galvão e Danilo Pacheco

O Carioca Club tremeu no dia 21 de março com a passagem devastadora do festival Março Maldito organizado pela Tumba Produções, que reuniu cinco bandas de peso para uma noite de caos sônico. A promessa de uma celebração do metal negro, thrash e death metal atraiu uma legião de headbangers sedentos por riffs cortantes e vocais guturais, e o evento entregou exatamente isso, com algumas surpresas e momentos memoráveis. O festival transcendeu as fronteiras de São Paulo, atraindo fãs de diversas regiões do Brasil e até mesmo da América Latina, que viajaram para a capital paulista em busca da experiência única que o Março Maldito prometia. O clima era de reencontros, camaradagem e celebração, com velhos amigos se reunindo e novas amizades sendo forjadas em meio à paixão compartilhada pelo metal extremo. Um ponto positivo a ser destacado é que, felizmente, o uso excessivo de celulares não foi um problema, permitindo que a maioria dos presentes se concentrasse na música e na atmosfera do evento, valorizando a experiência de quem realmente queria assistir aos shows.

A noite começou com The Black Spades, uma banda que, com clara inspiração no Venom, entregou um death metal/black metal primário e eficiente. Longe de serem apenas um aquecimento, os riffs sujos e a atitude blasfema da banda prepararam o terreno, esquentando a platéia do Carioca Club e criando a atmosfera perfeita para os shows que se seguiriam. Sua performance, carregada de referências ao Venom, plantou a semente da destruição para o resto da noite do Março Maldito.

Em seguida, o Sacramentum sueco ascendeu ao palco, trazendo sua marca registrada de black metal melódico. A atmosfera densa e sombria criada pela banda foi hipnotizante, com melodias intrincadas entrelaçadas com a ferocidade característica do gênero. A performance foi precisa e apaixonada, demonstrando a experiência e o talento que consagraram o Sacramentum como um nome importante no underground, reverberando pelas paredes do Carioca Club durante o Março Maldito.

O Desaster, diretamente da Alemanha, trouxe a fúria do thrash/black metal para o festival. A banda entregou uma performance visceral e implacável, com riffs rápidos e vocais rasgados que incendiaram a plateia. A energia contagiante do Desaster, no entanto, merecia uma resposta mais efusiva do público presente no Março Maldito.
O Bewitched, outra lenda sueca do black metal, foi um dos grandes destaques da noite. Com sua estética macabra e letras blasfemas, a banda criou um ritual sombrio e envolvente, entregando um setlist recheado de clássicos que incendiaram a platéia. A performance foi carregada de intensidade e teatralidade, com o vocalista Vargher comandando o palco com sua presença imponente e vocais guturais que ecoavam como um chamado do inferno, preenchendo o Carioca Club com uma aura sinistra durante o Março Maldito. O Bewitched foi, sem dúvida, a banda que mais agitou o público até aquele momento.

Finalmente, o momento mais aguardado da noite: Sodom. Os veteranos alemães do thrash metal subiram ao palco com a força de um exército, apresentando um setlist abrangente que incluiu clássicos como "Agent Orange", "Ausgebombt", "Nuclear Winter" e "Sodomy and Lust". A inclusão de faixas como "Shellfire Defense", "The Saw Is the Law" e "Outbreak of Evil" agradou aos fãs mais dedicados, enquanto o cover de "Leave Me in Hell" do Venom adicionou um toque especial à apresentação. Apesar da ausência de músicas dos seus primeiros e brutais álbuns, como "Obsessed by Cruelty" ou "Persecution Mania", a performance do Sodom foi um verdadeiro show de thrash metal, provando que a banda continua relevante e poderosa após décadas de estrada, e o Carioca Club sentiu o peso de cada riff durante o Março Maldito. O público respondeu com histeria, cantando em uníssono, mas, infelizmente, a energia não se traduziu em mosh pits.

Em suma, o festival Março Maldito no Carioca Club foi um sucesso absoluto, reunindo bandas de diferentes vertentes do metal extremo para uma noite de pura brutalidade e celebração da música pesada. E vale aqui um elogio a Tumba Produções, que em meio a tanto amadorismo em produções de shows na cena nacional nos últimos anos, vem entregando sempre eventos de qualidade e com profissionalismo que público e bandas merecem.

Com performances memoráveis e uma atmosfera eletrizante, o evento deixou uma marca indelével na memória dos headbangers presentes, que certamente aguardam ansiosamente a próxima edição. A performance do Sodom, com um setlist bem distribuído entre clássicos e faixas menos óbvias, entregou um show de thrash metal de alta qualidade. O setlist matador do Bewitched, recheado de clássicos que incendiaram a platéia, também merece destaque, assim como a atmosfera sombria e envolvente criada por Sacramentum e Bewitched, e a escolha do The Black Spades para abrir a noite, criando a atmosfera perfeita com sua sonoridade inspirada no Venom. O clima de união e camaradagem entre os fãs, vindos de diversas partes do Brasil e da América Latina, que se reuniram para celebrar o metal extremo, também merece ser lembrado. Se você é fã de metal extremo, este é um festival que você não pode perder! A única ressalva fica para a falta de entrega e energia do público paulista, que não conseguiu apreciar a musicalidade extrema e se entregar de corpo e alma às brutais performances que as bandas mereciam como é comum em cidades do Nordeste e Belo Horizonte. Black, Death e Thrash Metal pedem mosh e animação. 

Texto e fotos por: Natália Galvão e Danilo Pacheco

22 de maio de 2024

Batushka: 70% dos ingressos para BH vendidos

A banda Batushka, que fará apresentação em Belo Horizonte no dia 11/08/2024 juntamente com a Paradise Flames já está com boa parte dos ingressos vendidos. 

As informações são da Caveira Velha prod.

Então se você ainda não adquiriu seu corre que ainda dá tempo.

24 de agosto de 2023

Resenha: Brujeria e Velho (Belo Horizonte - 22/08/2023)


Estamos de volta para resenha de mais um grande evento que aconteceu em Belo Horizonte. Devido a algumas dificuldades por morar no interior e o evento em plena terça-feira, infelizmente não conseguimos chegar a tempo de ver as duas primeiras bandas de abertura, contudo depois de muito tempo de estrada e um pneu furado conseguimos chegar a tempo da apresentação da banda Velho, a terceira banda a tocar nessa noite.
A Velho subiu ao palco por volta das 21:30, com a missão de substituir a Cemitério que não pode se apresentar no evento. Sem sombra de dúvidas conseguiu substituir a altura, sendo uma ótima decisão da organização do evento.
Velho retornou em BH para fazer o som bem sujo, agressivo e, ao mesmo tempo, extremamente bem executado. Durante a apresentação alguns problemas técnicos aconteceram, mas nada que atrapalhasse a ótima apresentação da banda. Alguns problemas persistiram durante todo o show e o ganho na guitarra do vocalista ficou bem baixo, mas mesmo assim conseguiram passar seu som de excelente forma. Em um dado momento o vocalista chegou inclusive a frisar que o Velho nunca seria uma banda profissional, valorizando o sentimento ao invés da técnica, isso porque que antes já havia falado sobre o cansaço devido à sequência monstruosa de shows. 
De forma geral foi uma excelente apresentação, com destaque para a execução da música "Satã, Apareça!", que sem dúvida é a que mais agita e empolga a galera.

Após um intervalo de um pouco mais de 30 minutos era o momento mais esperado da noite, a apresentação do Brujeria que retornava a BH após sua última apresentação em 2007. Antes mesmo da banda subir ao palco, a galera já gritava com a chegada da bandeira mexicana com a cabeça de um manequim fincada, fazendo alusão a capa do disco "Matando Güeros" que completava 30 anos.
Nesse momento não posso deixar de destacar a ótima presença do público no evento, que deixou o Mister Rock bem cheio, desconsiderando que o show era em uma terça-feira e no fim do mês.

26 de maio de 2023

Marduk: confirmada tour pela América Latina

Após polemica envolvendo saudação nazista e demissão do baixista que noticiamos AQUI a banda suéca Marduk acaba de anunciar tour por vários países da América Latina, com uma data no Brasil em São Paulo dia 29 de outubro.

Confira datas completas acima.

2 de março de 2023

06/10/2023 - Uada, Evilcult, Vazio e In Nomine Belialis (Belo Horizonte/MG)

Caveira Velha Produções e Xaninho Apresentam:
06 de outubro de 2023
A partir das 20:00 horas
@uada_official
@vazio_blackmetal
@evilcult666
@innominebelialis
Local: caverna rock pub
Rua dos Tupis, 1448 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-062
Ingressos on line: @bilheto
Ingressos sem taxa: @cogumelorecordsoficial
Produção & Infos: @caveiravelhaproducoes & @xaninhodiscos
Tour by @XANINHOXANINHO

30 de maio de 2022

Resenha: Crypta, Nervochaos, Krisiun e Belphegor (Belo Horizonte - 26/05/2022)


O dia 26/05/2022 com certeza será um dia que ficará para a história. Após um longo tempo de ausência de eventos devido a pandemia do Covid-19, em 2022 finalmente tivemos o retorno dos eventos presenciais.

Belo Horizonte já havia experimentado esse retorno no dia 13/05 a volta de eventos internacionais com a apresentação do Cannibal Corpse, que se apresentava pela segunda vez na capital mineira. Infelizmente nesse não foi possível comparecer.

23 de outubro de 2014

21/11/2014 - Sinfonia do Caos (Belo Horizonte/MG)

Bandas: Misahisterica
Renegados
Martyrizer
Fake

Data: 21/11/2014 as 19:00

Local: Studio JC - R. Maria das Dores de Souza, 175, Floramar - Belo Horizonte/MG

Ingressos: R$ 5,00

30 de agosto de 2014

Resenha: Enthroned e Agaurez (Belo Horizonte/MG - 28/08/2014)


Dia 28/08/2014 foi dia de Belo horizonte receber mais uma vez uma das maiores bandas da cena Black Metal da atualidade, o Enthroned, que se não me engano estava passando pelo Brasil pela 5º vez.
O evento foi realizado na quinta-feira, dia não muito comum para shows de Metal Extremo em Belo Horizonte, e isso impactou diretamente no publico que não foi muito grande.
Por volta das 23:00 sobe ao palco o Agaurez , que seria a única banda de abertura para esse evento, exatamente por ser em um dia de semana.

O Agaurez mostrou estar muito bem afiado, com riffs rápidos e bem técnicos, musicas muito bem trabalhadas e com ótimos solos de guitarra e passagens cadenciadas, mas as variações de vocal deixaram bastante a desejar, principalmente nas partes com vocal limpo.
O som de forma geral estava bem regulado e saindo muito bem, porém, não conseguiu manter a empolgação da galera presente.

O relógio marcava exatas 00:00 e sobe ao palco o Enthroned, após uma breve intro e performances do vocalista Nornagest a banda entra direto com a musica Of Shrines & Sovereigns. O som muito bem tocado e regulado.

Nornagest se mostrou desta vez muito mais a vontade nos vocais, que inclusive melhorou muito tendo em vista as outras apresentações.

O evento foi muito bem levado e a galera agitando cada vez mais musica a musica.
Após uma pequena pausa e a galera aguardava que a banda retornasse ao palco, pois, ainda faltava um de seus maiores clássicos, “Evil Church”, musica que foi lançada em 1997 em seu segundo álbum “Towards the Skullthrone of Satan” e quando a banda retorna esse é exatamente a musica que começam a tocar e isso leva a galera ao delírio, mas, a apresentação já caminhava-se para o fim e para fechar o evento tivemos a musica “The Utimate Herde Fights”.

Com certeza essa foi a melhor apresentação do Enthroned que já presenciei desde a saída de Sabathan, o que mostra que a banda conseguiu encontrar seu caminho e segue em constante evolução, lançando sempre álbuns de qualidade e melhorando cada dia mais suas apresentações ao vivo.
O evento de forma geral foi muito bom, começou e terminou em um bom horário, uma vez que estávamos em um dia de semana, mas, infelizmente, ainda não temos essa cultura de shows durante a semana e isso impactou na presença do público, que com certeza perdeu uma das melhores apresentações do Enthroned já vistas no Brasil.




Nota: 9,0  

Confiram abaixo o setlist dessa apresentação:
Resenha por: Matheus Guerra

12 de maio de 2014

Resenha: Mortuary Drape, Martírio e Akerbeltz (Belo Horizonte - 02/05/2014)



Na sexta-feira dia 02/05/2014 aconteceu em Belo Horizonte o evento com as bandas: Martírio, Akerbeltz e Mortuary Drape e mais uma vez o War Metal e Dark Radio estiveram presentes para conferir mais esse grande evento produzido pela Web Roots.

Dessa vez consegui sair do trabalho a tempo e chegar na porta do evento no horário que o mesmo estava marcado, mas as 21:30 ainda haviam poucas pessoas na porta da casa e a mesma foi enchendo aos poucos. Ainda na porta do evento todos foram surpreendidos pela ordem das bandas divulgadas, onde o Martírio abriria o evento, em seguida seria o Mortuary Drape e para finalizar o Akerbeltz, essa mudança na ordem ocorreu porque devido a questões contratuais o Mortuary Drape deveria estar no palco até as 00:00 e para não correr o risco disso não acontecer foi feita a troca na ordem das bandas. A passagem de som do Mortuary Drape demorou muito, e talvez por isso não foi possível colocá-los para fechar o evento, fica aí inclusive a dica para a organização, caso alguma banda tenha horário determinado para subir ao palco pedir também para incluir no contrato por exemplo “passagem de som de 20:00 as 22:00, sendo assim o show poderia iniciar-se no horário e não prejudicaria as demais bandas.


Como já disse o Mortuary Drape demorou muito para passar o som, e o evento que estava previsto começar em torno das 22:00 só teve início as 23:16 com o Martírio. Nesse momento Ca casa ainda estava enchendo aos poucos e muitos ainda estavam do lado de fora.

Não sei se o Martírio chegou a passar som, mas pelo que parece não, pois a guitarra no início do evento estava muito baixa e custou para ficar em um bom volume, além disso ficou visível que tudo estava sendo regulado ali naquele momento, pois hora se ouvia pouco a guitarra, hora ela sumia e o som só ficou perfeito quando a apresentação já estava quase acabando, mas isso não foi culpa da banda, que por sinal fez um ótimo show, onde a banda mostrou uma ótima presença de palco com todos os integrantes.
Tivemos a oportunidade de conhecer nesse evento também algumas composições novas do Martírio, o que me agradou muito. A banda continua inovando e se desvinculando cada vez mais de qualquer tipo de rótulo, por cada musica passa por uma vertente diferente do Metal, algumas passam por todas de uma só vez, e no caso das novas composições, mais especificamente a musica “Ceifador” passeia por grandes influências do Black Metal do início dos anos noventa, principalmente o que era feito na Noruega como Satyricon e Darkthrone, bem diferente das demais musicas e me arrisco aqui a dizer que essa é a melhor musica d abanda até o momento.

No geral o Martírio fez uma apresentação dentro do padrão que todos já conhecem, fazendo um ótimo show e fazendo a galera agitar bastante a cada riff.
Na seqüencia foi a vez da banda mais esperada da noite, o Mortuary Drape que subiu ao palco as 00:15. No início da apresentação os problemas com a guitarra a esquerda do palco eram os mesmos que aconteceram com o Martírio, mas, a diferença foi que esse problema foi solucionado rapidamente antes da terceira musica.

A essa altura a casa estava cheia e todos os headbangers que encontravam-se do lado de fora já haviam entrado, tivemos um bom publico, mas confesso que já vi o Matriz mais cheio.
A galera agitou muita a cada musica e cantou junto com a banda boa parte de seus hinos, principalmente ao ser executada a musica Mortuary Drape, onde ouvimos um verdadeiro coral infernal gritando o nome da banda no refrão.
Cada musica foi executada de forma perfeita e sem tempo para falar nada, o vocalista apenas anunciava o nome da musica e executava.

Visualmente o Mortuary Drape também faz um show a parte, com um visual extremamente sombrio e anti-cristão a banda é única nesse quesito e consegue fazer um clima perfeito, fazendo do palco um verdadeiro altar, com cruzes invertidas e o vocalista que era praticamente um “padre negro”. Todos os integrantes mostraram estar bem a vontade e agitaram muito durante todo o show onde inclusive com exceção do baixista (que é o que tem maior presença de palco) nenhum conseguiu manter o capuz na cabeça.
O Mortuary Drape mostrou um grande show e superou as expectativas de muitos ali presentes, infelizmente da primeira vez que eles vieram em Belo Horizonte não consegui ir ao show, mas o comentário unânime foi que essa apresentação foi muito melhor que a primeira apresentação da banda. Acredito que a casa, a proximidade com o publico e a maior experiência da banda contribuiu e muito para tudo isso.
A ultima banda a se apresentar foi o Akerbeltz, banda essa muito tradicional na cena e que surgiu em 1996, mas que muitos não ficaram para ver, e o pior, muitos entraram na casa na hora do Mortuary Drape e saíram logo depois, cada um com um motivo específico, mas, pude ver pouco apoio as bandas nacionais nesse evento, no caso do Akerbeltz, muitos falam que é uma banda "ativa a muitos anos, mas atualmente não está muito presente na cena", pois, só vemos seus integrantes em shows que eles participam (com exceção de um que não está mais na banda).
O Akerbeltz subiu ao palco com uma mudança na formação, o que para mim foi uma grande perda, a saída do baterista Misanthropic. Mostrou um repertório com musicas novas e antigas, mas não empolgou muito a galera, talvez também porque os mesmos não se mostraram muito empolgados no palco e os que ainda estavam presentes assistiram a apresentação sem muito fervor.
A banda mostra que musicalmente está muito afiada, e todos os membros tocam muito bem, mas, ainda tem que desenvolver bastante a presença de palco e a relação com a galera, principalmente com os que não os conhece pessoalmente para não criar uma má impressão e assim conseguir passar mais a essência do Metal Negro a todos. 
De forma geral achei o show do Akerbeltz bem fraco, pois já tive oportunidade de presenciar muitos eventos da banda sem comparação com esse, talvez seja pela mudança recente na formação e espero sinceramente ver shows com antes em breve.

O evento de forma geral foi muito bom, o publico que compareceu está verdadeiramente de parabéns, pois nessa semana tínhamos shows em BH durante todo o final de semana, começando de quinta-feira até o domingo e mesmo assim tivemos um publico considerável nesse evento.

A organização também está de parabéns pela iniciativa, mas, deve apenas para os próximos olhar os problemas que aconteceram na aparelhagem nesse show e não deixar que a mesma seja regulada durante a apresentação das bandas, mas antes do evento, para isso as bandas também deverão cooperar e chegar com antecedência à casa de shows para que isso seja possível.

Foi um evento que com certeza entrará para história do Metal Extremos de Belo Horizonte, e que venham os próximos.

Nota final: 7,0
Resenha por: Matheus Guerra (contato@warmetalbr.com)

Confira mais fotos do show clicando >>>AQUI<<<

Compareçam nos próximos eventos desse mês com apoio e divulgação WAR METAL.

25 de abril de 2014

Resenha: Thorhammer Fest 2014 (São Paulo/SP - 18/04/2014)

No dia 18/04/2014 aconteceu em São Paulo/SP o Thorhammer Fest. Este evento é com certeza o mais tradicional da cena Folk Metal do Brasil e vem evoluindo a cada ano que se passa. Esse ano o evento contaria com as bandas: Arthanus, Vingard, Pagan Throne, Iron Woods e a atração internacional Thyrfing.
O War Metal teve a oportunidade de ir para São Paulo e acompanhar esse grande evento que vocês ficam sabendo dos detalhes abaixo:
Cheguei a porta do evento por volta das 16:00 e as apresentações de lutas medievais já haviam acontecido, o que foi um diferencial das demais edições que essa apresentação acontecia no intervalo entre os shows.
A primeira observação que tenho a fazer é sobre a casa, que tem um ótimo espaço, logo quando entramos podemos ver as bancas com vendas de diversos produtos. Havia também uma área específica para fumantes, mas, essa não era muito boa, pois era bem pequena para o tamanho da casa e ficava sempre lotada, o salão onde acontece os shows é bem grande. O ponto a melhorar é grande dificuldade para a compra de comidas e bebidas, pois após pegar a fixa, a fila adquirir o produto era gigantesca o que desanimava muito e deixava algumas pessoas irritadas. A sugestão para o próximo ano é espalhar pequenas bancas com bebidas no salão de show, pois assim quem quiser comprar uma cerveja não precisa sair do ambiente de show para adquiri-la, com isso tenho certeza que também aumentaria o número das vendas.
Agora vamos aos shows. Não sei o que aconteceu ao certo, mas, a banda Vingard, foi cancelada, quem souber o motivo pode postar um comentário no final dessa resenha.

21 de abril de 2014

Resenha: Ordered To Kill Metal Fest VII (Belo Horizonte/MG - 11/04/2014)

Infelizmente nesse evento, a pesar de toda a correria para chegar a tempo de ver todas as bandas, só consegui chegar por volta das 00:00 e nesse momento a banda Thashera, peço desculpas a banda, mas, realmente não havia a possibilidade de chegar ao evento a tempo.

A casa estava cheia e haviam muitos também do lado de fora. É muito bom ver que o público de BH está comparecendo aos eventos.

Quando entrei já havia decorrido mais da metade do show da tradicional banda de Thrash Metal de BH, o Metraliator. O pouco que pude perceber a banda foi a mesma de sempre, mas, com uma gradual e visível evolução que vem acontecendo a cada apresentação, onde todos os membros se mostram mais seguros se entrosados, o que é um processo normal para pessoas que estão fazendo a musica não só por tocar, mas com o principal que é o sentimento headbanger e esse sentimento é muito bem transmitido para todo o publico presente.

3 de dezembro de 2013

Resenha: Arkona (São Paulo - 30/11/2013)

Realmente o Folk Metal no Brasil anda no melhor dos níveis. A enxurrada de bandas que estão vindo visitar constantemente o país e o público jovem que está sempre em todos os shows mostra que estamos sem dúvidas numa espécie de “onda folk”, onde o gênero conquistou ótimo espaço entre os novos fãs do metal, o bastante para atrair os olhos das bandas internacionais. E por essas que uma banda como o ARKONA voltou novamente em tão pouco tempo ao Brasil, e foi recepcionada por um lotado Clash Club. Confiram abaixo os principais detalhes do show que arrasou a última noite do mês de novembro.
Quem veio cedo ao show pode conferir a abertura da banda SIGFADHIR, de São Paulo. Bastante novos na cena, surgidos em 2008, a banda tocou por pouco tempo, mas levantou os presentes, mostrando que não é privilégio apenas dos europeus terem bandas de qualidade no gênero folk pagão. Vale uma ouvida e conhecer a banda, especialmente pelo som extremamente técnico das guitarras de Victor Maldonado e Fenris Fenrir, que são seu ponto mais alto. Confiram no link www.facebook.com/Sigfadhir.
Para aquecer ainda o público antes do show do Arkona, marcado para as 21:00hrs, os fãs ainda puderam ver a apresentação do grupo de luta Ordo Draconis Belli. Para quem foi ao Thorhammerfest já pode conferir há pouco tempo o trabalho dos caras, mas quem não foi ganhou uma grata surpresa. As apresentações são divertidas e realizadas no meio da pista, causando proximidade. E não bastasse só espadas, também tivemos um momento romântico com um pedido de casamento. Sem dúvidas era muito para uma única noite no Clash Club.
Mas ainda faltava a atração principal, que veio 30 minutos antes do que havia sido avisado pela assessoria. O Arkona subiu ao palco as 20h55m, quando o instrumental de “Az’” começou a ser tocado na casa. Em pouco tempo a banda já tinha subido ao palco e “Arkaim” abriu o espetáculo com um som extremamente pesado e alto, já bastante comum da casa. O público alucinado se apertava na frente do palco estreito da casa, e não pode conter a emoção de ver Masha e companhia de volta.
A banda então tocaria uma bela sequência inicial com “Ot Serdtsa k Nebu”, “Goi, Rode, Goi!” e “Zakliatie”. A primeira ficou marcada pelo perfeito solo de flauta e as melodias que carregaram a música, além obviamente da performance marcante de Masha, que dominou o público e fez seu show a parte, quebrando inclusive o pedestal do microfone.
“Vocês estão prontos para ‘Goi, Rode, Goi’?”, pergunta a vocalista, recebendo um sonoro sim da plateia. E então tivemos uma das melhores músicas da noite, extremamente bem tocada e um arraso no apelo popular. O público se agarrou na frente do palco, bateu cabeça e se emocionou com o solo de gaita de fole.
“Zakliatie”, porém, viu o som ir um nível além. Deixando o abafamento que foi a voz de Masha nas primeiras músicas, nesta o som claro de sua voz pode ser ouvido durante toda a execução. Se podem reclamar de seu estilo, porém não podem reclamar de sua vontade e especialmente do encaixe que ela traz ao ritmo folk e as partes mais pesadas. Recebendo assim a resposta do público, que contente bateu palmas, a vocalista respondeu calmamente com um singelo “Obrigado”, e muitos sorrisos.
O show prosseguiu com uma grande qualidade musical, que empolgava o público. Das músicas mais lentas, como “Slav’sja, Rus’!”, a melodia da voz de Masha se encaixava com o ritmo folk, e nas músicas pesadas, como a ótima “Arkona”, o vocal gutural em plenos pulmões arrancava do público gritos e os famosos chifrinhos.
Outro ponto ótimo do show foi o solo de gaita de fole do Vladimir Reshetnikov. O público aplaudiu o solo e soube tirar agrados de um instrumento que, do som inusitado e incomum para os ouvidos brasileiros, é um símbolo da cultura de diversos povos da Europa.
O final do show não foi nada diferente, e alavancado por três das melhores músicas da carreira do Arkona, indispensáveis em qualquer show da banda. Em “Stenka na Stenku”, porém, o destaque não foi e nem chegou perto de ser a música, mas sim o controle de público de Masha e a extrema vontade dos fãs de bater cabeça. Apropriadamente, abriram a pista inteira, de ponta a ponta, para um emocionante paredão da morte, que teve do bate cabeça até dança.
Mas o melhor vinha no final, e em “Yarilo” o show chegou a níveis estratosféricos. É a música mais esperada e pedida da banda, e a queridinha do público brasileiro. Um prêmio que não poderia ser melhor, já que o show parecia ter sido feito até agora para que terminasse assim, com o público cantando firme o refrão de “Yarilo”.
“Obrigado, vocês foram extremamente especiais hoje!”, disse Masha, ao voltar para o bis, arrancando aplausos dos fãs e fechando a apresentação com “Kupala i Kostroma” do “Ot Serdtsa k Nebu”. A plateia ajudou a banda, puxando os vocais junto com Masha, em extrema sintonia e fechando o show com uma empolgação que atualmente só em shows de folk metal você consegue ver.
“Espero ver vocês novamente em breve!”, gritou a vocalista em sua despedida. E esperamos mesmo, Masha, que o Arkona volte mais e mais vezes para fazer seu “Russian Attack” em terras brasileiras.

Fotos: Kennedy Silva
Fonte: Whiplash